segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Estereótipos, NÃO, OBRIGADA!!

"Pouco depois de, nos Estados Unidos, o actor Billy Cristal ter deixado de fazer rir com o "seu" homossexual Joddie Dallas, em "Soap"(1981), Herman José criava um personagem lésbico que deu brado em Portugal. Lídia Franco, hoje com 64 anos, recorda mais depressa esse papel cómico em "Hermanias"(1984) do que a sua personagem dramática Isabel, em "Terra Mãe"(1998). « No programa do Hérman, o tema foi mais explorado. Na altura, até fui insultada.»
Águas passadas... hoje, a realidade é outra. António Serzedelo, 63 anos, fundador e presidente da Opus Gay e um dos mais antigos militantes da causa homossexual não duvida : « Estamos num outro patamar. Quando a televisão trata das uniões de facto ou das adopções de uma forma positiva, provoca nas pessoas uma abertura para aceitar mais facilmente essas questões.»
Mas nem tudo são rosas, ou não estivesse em Portugal atrasado em relação ao estrangeiro e só agora a dirigir-se para o caminho das séries Norte-Americanas - em quase todas as produções há, pelo menos, um personagem gay que pode mesmo assumir o protagonismo da história. Serzedelo nota a falha nacional: «Ainda existe algum folclore, estereotipando a figura do homossexual.»
Em " Podia Acabar o Mundo", a mesma novela em que Diana Chaves e Ana Guiommar se vão beijar lá mais para Janeiro, Geraldo Álvares (Gonçalo Dinis) protagoniza esse estereótipo. Num misto de " bicha" e "snob", anda de calças vermelhas, bamboleia-se, fala de forma afectada. Manuel Arouca, 53 anos, o argumentista da novela resume: «Ele tem uma homossexualidade mal resolvida.»"

in Visão nº822, (4 a 10 de Dezembro de 2008)

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