"(...) Os cientistas sociais sabem com incrível pormenor o que se passa no lar norte-americano comum. E calcularam com grande precisão que as mulheres fazem cerca de duas vezes mais em casa do que os homens. Os valores mais recentes do relatório nacional da Universidade de Wisconsin sobre famílias e agregados familiares revelam que a esposa-padrão faz 31 horas de trabalhos domésticos por semana e o marido-padrão 14. Se analisarmos os casais em que as mulheres ficam em casa e os maridos são os únicos a ganhar dinheiro, o número para as mulheres sobe para 38 horas de trabalhos domésticos por semana, e baixa para os homens - 12 horas. Mas considerando os casais em que ambos trabalham a tempo inteiro, a esposa faz 28 horas e o marido 16. O que não faz sentido. (...)
A relação no tratamento dos filhos, nos EUA, é de quase cinco para um, entre mulher e marido. (...) Numa família em que a mãe fica em casa e o pai trabalha fora, ela passa 15 horas por semana a tratar dos filhos e ele 2. Nas famílias em que ambos os pais são assalariados, a média da mãe desce para 11 horas e a do pai sobe para 3. «O mais impressionante - diz Blair - é que nada disto é muito diferente de há 90 anos». (...)
«Os casais heterossexuais têm muito a aprender com os casais `gays´a respeito da partilha das tarefas domésticas e de tratamento dos filhos», defende Esther D. Rothblum, professora no departamento de Estudos Femininos da Universidade Estatal de San Diego. O seu estudo comparativo do relacionamento em 342 casais - lésbicos, homossexuais e heterossexuais (...) «[Os casais homossexuais] são bons modelos». (...) O estudo encontrou muito pouca da desigualdade que aparece quando são heterossexuais a responder. (...) «os pais heterossexuais atiram culpas um ao outro sobre o não cumprimento de responsabilidades, as mães lésbicas digladiam-se por não estarem tempo suficiente com os filhos.» (...)"
A relação no tratamento dos filhos, nos EUA, é de quase cinco para um, entre mulher e marido. (...) Numa família em que a mãe fica em casa e o pai trabalha fora, ela passa 15 horas por semana a tratar dos filhos e ele 2. Nas famílias em que ambos os pais são assalariados, a média da mãe desce para 11 horas e a do pai sobe para 3. «O mais impressionante - diz Blair - é que nada disto é muito diferente de há 90 anos». (...)
«Os casais heterossexuais têm muito a aprender com os casais `gays´a respeito da partilha das tarefas domésticas e de tratamento dos filhos», defende Esther D. Rothblum, professora no departamento de Estudos Femininos da Universidade Estatal de San Diego. O seu estudo comparativo do relacionamento em 342 casais - lésbicos, homossexuais e heterossexuais (...) «[Os casais homossexuais] são bons modelos». (...) O estudo encontrou muito pouca da desigualdade que aparece quando são heterossexuais a responder. (...) «os pais heterossexuais atiram culpas um ao outro sobre o não cumprimento de responsabilidades, as mães lésbicas digladiam-se por não estarem tempo suficiente com os filhos.» (...)"
in Courrier internacional - nº 150 (Agosto de 2008)
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